domingo, 26 de agosto de 2007

Utopia

Particularmente, a maior das minhas paixões.
Antes crer num sonho utópico, a aceitar uma verdade infértil.
É desacreditando na verdade que busco forças para alcançar meus sonhos.
Realidade e sonho. Paradoxo afável.
Verdades e mentiras.
Utopia, utopia.

Ah, utopia...

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

sem título²

As fotos na parede não me deixam mentir. Busco você em todas as partes. As fotografias me olham, parecem zombar de mim... Dessa minha necessidade de estar ao seu lado. Ao deitar-me, pensamentos suaves com um toque de perversidade extraem meu sono, dominam meu ser. A esperança de sonhar contigo, faz o sorriso não sair do rosto até as pálpebras se tocarem. Num ímpeto incontestável abandono a cama e dou início a mais um caminho habitualmente trilhado e sabido. Olho pra todos os lados. Busco o nascer do sol ou quem sabe o instante final do espetáculo lunar. Procuro-te em cada pingo de chuva, em cada melodia do vento. Milhares de rostos passam por mim, e nenhum deles é capaz de remediar essa necessidade de você. Eu ando olho, procuro desejo ardentemente te encontrar em qualquer esquina, em qualquer destino. Nas páginas exaustas dos romances que leio, teu nome aparece nas entrelinhas. O jeans surrado exalando o espírito da juventude busca o contato que tanto já tive. Aquele, em que me abraças e por alguns segundos o mundo desaparece perante tanta magia. Já não sei se é por mim ou por ti que meu coração pulsa.
Mesmo sabendo que estás em mim, tenho medo de te perder. Quem dirá que do meu peito não poderás fugir? E se alguém domar teu pranto com mais apreço que faço? E se meus olhos um dia não forem o suficiente pra você? E se outros olhos forem capaz de perturbar teus sentidos como dizes que os meus fazem? O receio caminha junto à mim. E a cada passo, a cada manhã, a esperança de que nossos planos saiam dos diários juvenis e das idéias -ainda ingênuas- desabrocham o simples e verdadeiro sorriso que abro quando te vejo. Sem dissimulação, sem disfarce. É esse sorriso que deixa perceber um sentimento oculto, o mais sincero que já tive. E tudo isso, graças a você.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Ladainha amorosa

- Oi, eu te amo.
- Oh, que legal!Eu também.
- Você também o quê?
- Eu também me amo.
- Mas não era isso que você tinha que dizer.
- Ora, você quer ouvir o quê?
- Que você me ama.
- Mas eu me amo.
- Que goísta!
- Não é egoísmo. É auto-estima. Li isso naquela revista velha no banheiro lá de casa.
- Você distorceu tudo. Eu só disse que te amo.
- Mas eu também me amo.
- Que droga! Era pra você me amar!Não amar você!
- Agora o egoísta é você.
- Céus! Você está sempre distorcendo as coisas.
- Ah, cansei! Eu me amo! Eu me amo!
- Eu também.
- Também se ama?
- Não. Também te amo.