quinta-feira, 20 de novembro de 2008

anseios.

O vento trouxe a lembrança daquele cheiro que ela jamais havia sentido. O perfume da pessoa que por dias habitava sua mente. Buscou-a nos seus goles de café, nas suas poesias diárias, nos seus pensamentos sem censura. Aquele arrepio já domava seu ser e, como uma fera que ataca a sua presa, subia-lhe por entre as pernas provocando-lhe um calor inigualável. Seu corpo - que durante tanto se adormeceu diante ao mundo- parecia voltar a pulsar, a sentir, a possuir vida. Que sensação! As cores novamente brilhavam e nem os dias feios eram motivos de descaso. A inspiração havia voltado. E com ela, a saudade de um futuro que parece jamais ter o desejo de tornar-se passado, de um futuro que talvez nem chegue.

Um comentário:

hellena disse...

tão bonito ju! aiai..