domingo, 26 de junho de 2011

sístole, diástole.


Eu me perdi no limite subliminar dos nossos corpos e não consigo mais voltar. Não sei até onde sou eu e até onde é você. Não sei onde colocaram a chave, o mapa, a pista que me poderia fazer voltar a mim. Nunca fui pista.

Pintei minhas unhas de negro para enterrar alguma coisa que sempre volta gritando.
Neguei o vermelho conhecido, mas o preto agora vem sangrando.

Devolvi livros, apaguei palavras, queimei você de mim sem saber que o que é brasa viva nunca morre. Já entendi que só Ana Cristina César me ajuda.Por isso grito agora no vento: Neruda, se não for pra ajudar, não atrapalhe!

Eu não sei se devo acreditar nos fatos ou em minhas intuições – já não tão certeiras. Realidade e lembranças se misturam, eu não sei o que escolhemos como real, eu não sei o que acaba no cinzeiro e o que vai para o pulmão.

Expandir e contrair: essa é a lei do mundo. Sou-me em expansão. Somos, agora, em retração. Quando é assim falta ar. Respirar.

Se viver é caminhar em linha reta,
Tropeço.

Nenhum comentário: