quarta-feira, 26 de novembro de 2008

permissão.

Com toda licença, faço-te alguns pedidos. Permita-me entrar pelos teus portos e me ancorar dentro de ti. E assim, te afogaria com meus desejos mais profanos e num dilúvio imensurável te encontrarias já em mim. Deixe-me nadar pelo seu corpo e me entregar aos teus encantos de uma forma que, por fim desse meu canto, não existas mais longe de mim. E sinta, com um fôlego inquieto, meu calor chegando ao teu. E veja, que desse encontro desastroso, eis que surge um novo “eu”. Peço apensas que sintas. Não sei ao certo ainda o quê, porém sinta! Não te culpe por sentir, não te omita ao ousar. Não te prendas à correnteza alguma, não duvide ao te ancorar.
Não te percas fugindo assim! Não há desconforto, pois teus mares te levam à mim.

Um comentário:

di disse...

Bem, preciso dizer que esse é meu preferido. Talvez pelo tom de pedido a que te referes no texto, talvez pelos pedidos em si, talvez pelos desejos simples, talvez pela entrega com que te entregas, talvez.

"Peço apenas que sintas"