domingo, 14 de novembro de 2010

sopro

Não pertenço a lugar algum. Vivo com o seio farto de desejo e angústias. Grito, desesperadamente, por socorro. Escapam por meus lábios verdades sussurradas de mansinho, que por parecerem sopro de vela, apagam as frágeis chamas de toda e qualquer euforia desconhecida.
Repito quase que incansavelmente a minha mais nova constatação... E feito reza piedosa, fecho os olhos e recito cuidadosamente: eu não pertenço a lugar algum...eu não pertenço a lugar algum...