sábado, 6 de junho de 2009

incógnita

Grito para ser calada, meu bem. E se te busco em outro calor, é apenas para me enganar. Procuro-te em tantos goles e te encontro tão perto ao ponto de te perder. Já não sei mais quem és, porém insisto em me confundir perante tanto temor. O silêncio que me cala é o mesmo a motivar o grito. Ora me silencio para te ver, ora me vejo para te silenciar. Dentre pistas escorregadias, conduzo-me ao acaso. Tua voz me irrita tanto a ponto de eu não conseguir ficar sem esse eco que me atinge e, por ora, me desmonta.
Eu não sei o que quero. Eu só sei o que eu não quero e isso já tira muito do meu chão. Em certos momentos sinto te amar... Porém ao cair da noite, és meu pior pesadelo.
Anda! Vai embora para eu não ir atrás! Ou melhor, fique que assim eu fujo. Um fuga linda, extensa, covarde e notória. Não me pergunte qual o destino, pois a ponte que me liga a ti é tão trêmula e insegura que já não sei o que fazer.
És minha principal incógnita e, por se fazer tão presente em cada rosto que vejo, nem ao menos sei o teu nome.

Um comentário:

Helly disse...

Prima, estou simplesmente sem palavras...
Fico até com vergonha de escrever alguma coisa. Vc realmente me surpreendeu.
Sempre te achei especial, mas hoje percebo que vc é muito mais: uma preciosidade.
Adorei o seu estilo, tanta sensibilidade de forma tão intensa...
E de pensar que vc me privou disso por tanto tempo e ainda o faz com tantas pessoas.
Traga-nos sempre coisas novas, e não nos poupe desses momentos que se tornam tão agradáveis ao lermos e sentirmos as suas poesias.
Bjuuussss