sábado, 28 de março de 2009

caos.

Aquecimento global, movimentos sociais, pseudo-feminismo, nostalgia de outras décadas.
Beatles, Madonna, The Clash, Rita Lee.
Cigarros sem motivos, bandeira da liberdade, cara pintada pra nada.
O braço a torcer, a vida a viver, nada pra gritar.
Lixo reciclável, medicina zen, chá pra curar o vazio.
Unhas pintadas, livros empoeirados, movimento punk.
Um pouco de Clarice Lispector, Bukowski, Kakfa ou Descartes.
Todo mundo fala mas ninguém se entende.
P.h.d em não sei o quê e você já pode dizer a verdade.

O que fazer com a vida, meu deus?

terça-feira, 10 de março de 2009

despedida.

Olha, depois de tantos dias calada, resolvi gritar. Você não estava aqui para me ouvir mas sei que sentiu. O teu silêncio me mandou embora, por isso agora eu fujo. Corro do medo, do teu descaso. Fujo de mim. Já não me importa a tua ausência, pois ela sempre se fez presente. Sonhei em ouvir tuas palavras, porém a nudez da tua alma sempre falou mais alto. Corro agora para ser feliz. Ao encontro do acaso, da incógnita central, do vazio repleto de esperança. Espero não me cansar, não me humilhar. Espero, sinceramente, não voltar. O medo da mágoa já foi embora.
Agora, trata-se de mim. Da minha pele, do meu suor. Trata-se do meu corpo, dos meus seios e do coração. Saiba que eu fui, aos gritos, calando os meus medos.Saiba que hoje, me encontro pronta pra viver.

terça-feira, 3 de março de 2009

make me feel like the one


Já me arrependi de estar aqui novamente. Você me chamou, aqui estou. Cansei de contar as inúmeras frases que chegaram até a minha garganta e tropeçaram, voltaram, não foram a você. Não quero mais te ver, não posso te sentir. A cada cigarro uma esperança. Se você soubesse como me provoca desse jeito... Assim, com toda essa confusão, com toda essa segurança. Entre uma baforada e outra, na tua fumaça me vejo ofuscada. Por que coração e razão são coisas tão distintas? Por que pensar ao invés de falar e fazer? Odeio pensar, odeio sentir. Odeio não poder.
Não hesito e fujo. Saio pela porta e vou em busca de segurança. Seja num copo, num corpo, no vazio. Caminho já tropeçando pelos cantos e a voz de dentro parece querer berrar besteiras no teu ouvido. Não me agüento e sento. Aos prantos lembro de tudo. Como fui besta! Não quero te ver, não quero permitir. Já me arrependi de estar aqui novamente.

despertar

(…)Oh I do believe
In all the things you see
What comes is better than what came before
And you'd better come come, come come to me
Better come come, come come to me
Better run, run run, run run to me
Better come

Acordo assustada, trêmula, confusa. Por uma fração de segundo me pergunto se haveria de ter sido realmente um sonho. Era tudo confuso, oblíquo, inexato. Apesar da confusão, lembro-me do teu olhar. Aqueles mesmos olhos que pareciam guiar-me diante todo o tormento, levavam-me à perdição. Beijei-te e amei teu corpo de forma ímpar. E em resposta ao agrado, me conduzias por tuas linhas e me contemplava até eu chegar a uma outra dimensão. Do mais, pouco me importa. Naquele momento sei que fui tua.