quarta-feira, 2 de novembro de 2011

sobre o cuidado.



Sobreposição de sentidos: sentir mais do que ver.

Abro os olhos e são tantas as cores que se inscrevem agora em mim... Tudo pra lembrar que já não posso me prender veemente aos tons Frida, já que suas marcas gritam e silenciam com a mesma intensidade.
Vem logo que eu te entrego um papel bonito, amassado de tantos bolsos tímidos, de cordas bambas e cigarros quebrados já mudos de tanto sussurrar.
Olha, toma essa coisa logo de uma vez porque isso já não tem tamanho, esse ilustre arrepio se prolonga no tempo e por aqui os carros passam e levam tudo. Lembre-se: eles não são os donos do mundo.
Já entendi que isso é coisa pura, que a brisa é leve e que tem muito espaço entre as pedras e a areia. Sabe... Um dia já sonhei ser mar. Grande azul sereno, grande azul pequeno aos olhos de quem está do lado de lá.
E aí sedenta eu me afoguei.

A mesma corda que salva é a que enforca, lembra?
Sabe o que mais? Hoje eu só quero rir de tudo.
E estar.

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