domingo, 20 de maio de 2007

(mal) posso esperar

Certas coisas já são predestinadas à nós.Acredito que o ato de esperar é uma delas.Desde sempre esperamos.Foram árduos nove meses de espera para ver as cores do mundo.Alguns meses para aprendermos a andar sob nossas próprias condições.Esperamos pela primeira fala e mais ainda pela primeira frase completa.Mal obtemos um dente e já esperamos que caia para nascer outro.Na infância, a espera é um tanto quanto cômoda.
Somos crianças e esperamos a adolescência. Crescemos e os atributos mudaram, mas o ato mantém-se firme e forte.Queremos independência.Buscamos razões e motivos.Esperamos ser tudo o que sonhamos.
A independência finalmente chega.E a fila no banco também.O semáforo, a fast food (que de “fast” só o nome).Aquela ligação importantíssima.A chuva passar, a semana acabar e domingo chegar.
Entre tantas outras esperas, espero por algo mais simples.Espero por você.Espero esse alguém disposto à esperar comigo.Alguém disposto à esperar por mim.

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